terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Nossa neta Maria Alice, de apenas dois anos e três meses, pela razões habituais - os pais trabalham, os avós também, e boas babás são raras e em
extinção, como as ararinhas azuis -, precisa ficar pelo menos um expediente na escola. Já sabemos o que acontecerá: gripes mais frequentes, sarna, varicela, piolhos, conjuntivite... E muitas orações para que não adquira coisas piores! Sim, porque há famílias que levam seus filhos doentes para o colégio,como se não tivessem nada com isso.

Passará a conviver com pessoinhas pequeninas que nem ela, porém com toda a expressividade de seus traços familiares, numa babel de comportamentos e costumes. Terá coleguinhas carinhosos e simpáticos, outros tanto tímidos ou tristonhos, haverá os egoístas que não partilham nada mas querem tudo, e alguns se mostrarão vorazes feitos formigas vermelhas, da roça, "cortadeiras", que deixarão marcas em seu espírito compassivo e em seu corpinho imaculado.
De certa forma, meio a contra gosto, entendo que, a exemplo dos animais que nascem já com o instinto de correr fugindo dos predadores (alguns têm até veneno!), precisamos desde cedo aprender rapidamente os
recados e lições da vida.

Maria Alice, esperamos que tenha a sorte de seus colegas tendo você como coleguinha e a felicidade de conviver com uma professora maternal,amiga, que sai de casa alegre e contente pela estrada afora, como
Chapeuzinho, que tenha capacidade de amar porque sabe ouvir a todos, de aconselhar, de saber compreender com sabedoria e afeto. Pois é sabido que um único grito pode encher o espaço (a sala) de medo, desfazendo o sorriso e a confiança dos pequeninos. A escuta e o trato com o coração, compôem um bom colo para uma criança se assentar...

Seja feliz, meu amor!

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